Implantado num esporão rochoso na vertente Sudoeste do Monte Farinha ou da Senhora da Graça, o povoado tem as suas construções dispostas em plataformas entre penedos graníticos, por vezes também utilizados como base ou apoio de muros. As construções, com muros de pedra, são essencialmente de planta rectangular, por vezes de cantos arredondados, se bem que tenha sido detectada uma casa de planta circular com vestíbulo.
Todavia, estas habitações pétreas são bastante tardias no contexto da Idade do Ferro, datando-se apenas do século I a.C., tendo-se utilizado cabanas de materiais perecíveis, de que também apareceram vestígios, até então.
A ocupação do sítio para habitação permanente remontará ao séc. IV a.C., tendo sido o povoado monumentalizado com uma muralha pétrea – de que foi escavado um significativo troço – por volta do século II a.C. Na segunda metade do séc. I da era cristã, por razões que se desconhecem, o Crastoeiro terá sido abandonado.
Merece nota nesta estação arqueológica a presença de seis rochas com motivos gravados, exibindo espirais, covinhas e outros elementos. Sendo sempre problemática a datação da arte rupestre nestes contextos, é de realçar todavia a circunstância das gravuras não terem sido destruídas pelos habitantes do Crastoeiro, o que sugere uma eventual incorporação ritual ou simbólica destas representações.
O acesso ao povoado faz-se pelo estradão que liga a estrada municipal Mondim de Basto – Bilhó (a partir do lugar da Caínha) à estrada que conduz ao santuário de Nossa Senhora da Graça (junto à pista de aterragem de parapentes). " ( M. Silva )
Bibliografia
Dinis, António P. – Ordenamento do território do Baixo Ave no I Milénio A. C. Porto: Fac.
Letras Univ. Porto, 1993. Dissert. Mestrado, policop.
Nota.- Vista de algunas construcciones castreñas y un petroglifo de motivos geométricos localizado dentro del recinto del castro
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Livro de Macabeus
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